As 4 cerimônias mais incríveis de tribos indígenas da Amazônia

Os ritos das tribos indígenas têm relação com os ciclos da vida e da ligação do homem com a natureza. Essas cerimônias abrangem cada fase da vida, como a fertilidade, concepção, matrimônio, até chegar a morte.

Porém, os indígenas não celebram apenas momentos transitórios, há ritos para celebrar uma série de outros momentos. Caso você tenha interesse em conhecer mais sobre a cultura das tribos indígenas da Amazônia, continue lendo este conteúdo!

Quais são os ritos indígenas?

Engana-se quem pensa que os índios vivem uma vida tranquila em meio à natureza. Assim como nas cidades as pessoas celebram algum momento especial com festas, as tribos indígenas também possuem as suas próprias cerimônias regadas de muitas danças e música.

Cada tribo possui os seus próprios ritos para um momento que, na maioria das vezes, são transitórios e marcam a vida de uma pessoa, como:

  • Nascimento;
  • Nomeação;
  • Passagem da criança ou adolescente para a vida adulta;
  • Casamento;
  • Determinar uma função dentro da comunidade (chefe, pajé, guerreiro, etc.);
  • Ritos fúnebres;
  • Entre outros.

As tribos também realizam cerimônias ligadas à outros momentos, tais como:

  • Investidura de chefes;
  • Tempo de colheita;
  • Mudança das estações;
  • Caça e pesca;
  • Espíritos da floresta;
  • Seres da natureza em geral.

Quando um rito é de maior porte, os preparativos acabam mobilizando toda a aldeia. Isso inclui convidar parentes e aliados de aldeias vizinhas, confeccionar adornos corporais, instrumentos musicais e outros artefatos que serão usados durante a cerimônia.

Há também a preparação de tintas para pintar o corpo e uma grande quantidade de alimentos para dividir entre aqueles que participarão da cerimônia.

Confira logo abaixo alguns dos ritos mais peculiares das tribos indígenas da Amazônia.

A menarca e o demônio

Esse rito da tribo Tukuna, que fica na Amazônia, tem como objetivo isolar as meninas em sua primeira menstruação. As meninas devem ficar 12 semanas isoladas em um abrigo que foi construído por sua família para esta finalidade.

Acredita-se que, durante esse momento, as meninas correm perigo com a aproximação de um demônio conhecido como Noo. Sendo assim, um dos meios para protegê-las do demônio, é pintar o corpo todo de preto por dois dias.

No terceiro dia, as moças poderão sair do abrigo e comemorar com a aldeia, dançando até o amanhecer. Elas ainda ganham uma lança de fogo que deverá ser atirada contra o demônio, para finalmente estarem livres.

Ritual da Tucandeira

Este é um rito de passagem de uma tribo da Amazônia, a Satere-Mawe, feito para provar a masculinidade dos meninos. Eles são instigados a colocar as mãos em uma luva de palha trançada e repleta de formigas Tucandeira.

Com as luvas nas mãos, eles deverão dançar por cerca de dez minutos. Mas, eles não podem chorar ou demonstrar que estão sentindo dor.

Ritos de passagem

Os ritos de passagem da infância para a vida adulta estão entre os mais comuns e preservados entre as tribos indígenas. Esses ritos marcam a passagem da infância para a adolescência.

A festa costuma durar três dias, as crianças deverão permanecer este tempo isoladas, aprendendo todos os rituais de sua tribo. Ao final do terceiro dia, elas são apresentadas à aldeia, emplumadas e enfeitadas.

Como é a cerimônia de casamento indígena?

O casamento indígena é feito por meio de costumes que tendem a variar de tribo para tribo. Os antigos Tupinambás e os atuais Xavantes, praticam a poligamia, enquanto os Xoclengues admitem casamento grupal.

No entanto, a maioria das tribos indígenas do Brasil são monogâmicas. As regras para a cerimônia variam a cada tribo, como a permissão para um índio casar-se com uma pessoa que não é índia.

A tribo dos Tinguis-Botós por exemplo, permitem casamento com pessoas não índias, contudo, o índio não poderá continuar vivendo na tribo.

Para a cerimônia, algumas tribos fazem rituais religiosos que se assemelham ao da Igreja Católica. Já em outras tribos, apenas o casamento de líderes, como Cacique ou Pajé, são festejados.

Ainda há tribos que admitem casamento em igrejas e realizam uma cerimônia especial para os índios na tribo em outra ocasião. Mas, uma coisa é unânime na maioria das culturas: os homens e mulheres da tribo só poderão se casar após passar por rituais que comprovam que entraram em sua fase adulta.

Quais são os tipos de dança indígena?

As danças indígenas têm como finalidade realizar rituais, que podem ser por uma série de motivos diferentes, como dito antes. Desse modo, as danças indígenas são uma prática para celebrar rituais e costumes, diferente das danças de outros estilos.

Os objetivos das danças são os mais variados, como:

  • Espantar maus espíritos;
  • Expulsar doenças;
  • Agradecer a colheita, a caça, etc.;
  • Marcar a mudança da fase jovem para adulta;
  • Entre outras razões.

A prática envolve muita expressão corporal, acompanhada por música de ritmos diferentes e enérgicos. Tanto homens quanto mulheres podem realizar a dança e é muito comum que eles usem certos tipos de adereços, entre os mais populares estão:

  • Amuletos;
  • Símbolos;
  • Instrumentos musicais;
  • Entre outros itens, dependendo da finalidade do ritual.

Há dezenas de danças praticadas  pelos indígenas no Brasil, mas há duas delas que ganham mais destaque:

Kuarup

A Kuarup é a dança mais popular praticada pelos índios. Essa dança foi um ritual celebrado pelos indígenas do Alto do Xingu, cujo principal objetivo era o de homenagear as pessoas mortas, fundamentada a partir da imagem de um deus conhecido como Mawutzinin.

Em linhas gerais, essa dança tem o objetivo de trazer os que já morreram de volta à vida. No início da celebração, os índios recebem com danças os indígenas de outras aldeias.

Em seguida, eles cortam um tronco chamado Kuarup e realizam algumas decorações. A prática possui uma série de estágios diferentes, mas ao final, os troncos são lançados nas águas.

Toré

Toré é outro rito bastante popular entre os indígenas do Brasil. A dança está relacionada com a união entre os índios do nordeste do país e a cultura de vários povos indígenas.

Conclusão

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